segunda-feira, 16 de setembro de 2013

“Pois, assim como nosso caminho físico sobre a terra não passa de uma linha, em vez de uma superfície, assim também, na vida, caso queiramos alcançar e possuir uma coisa, temos de renunciar e abandonar à esquerda e à direita inumeráveis outras. Se não podemos nos decidir a fazer isso mas, igual a crianças no parque de diversões, estendemos a mão a tudo o que aparece à nossa frente, então esta é a tentativa perversa para transformar a linha do nosso caminho numa superfície. Andamos em zigue-zague, ao sabor dos ventos, sem chegar a lugar algum. […] Um homem também precisa SABER o que quer, e saber o que pode fazer. […] Embora no todo permaneça fiel a si e tenha e siga o próprio caminho guiado por seu demônio interior, descreverá não uma linha reta, mas sim uma torta e desigual, hesitando, vagueando, voltando atrás, cultivando para si arrependimento e dor. […] Pois assim como o peixe só se sente bem na água, o pássaro no ar, a toupeira debaixo da terra, todo homem só se sente bem na sua atmosfera apropriada.” (SCHOPENHAUER, O Mundo como Vontade e como Representação, Livro IV, pp.392-393)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

“Pode até haver métodos para ensinar, mas não há métodos para aprender. O método é uma máquina de controle, mas a aprendizagem está para além de qualquer controle; a aprendizagem escapa, sempre. O aprendizado não pode ser circunscrito nos limites de uma aula, da avaliação de uma conferência, da leitura de um livro; ele ultrapassa todas essas fronteiras, rasga os mapas, e pode instaurar múltiplas possibilidades.”
-Sylvio Galo